Será que a vaginose é mais comum em bissexuais e lésbicas?
Falemos da Vaginose Bacteriana, a qual é responsável por 60% das infeções vaginais.
Este artigo faz parte da série “Pergunte ao seu ginecologista” com a Dra. Amalia Savvidi, uma guru de ginecologia e queer residente da omgyno. Se tiveres alguma dúvida, entra em contacto. Lemos as tuas perguntas e respondemos.
Introdução
Começando por responder à questão que dá título a este artigo, podemos afirmar que as mulheres bissexuais ou homossexuais correm o mesmo risco de contrair uma infeção sexualmente transmissível do que as mulheres heterossexuais. Nem todas as pessoas têm esta consciência, já que a maioria das informações online é direcionada para as mulheres heterossexuais. Contudo, na omgyno, acreditamos que é importante informar as pessoas importante informar as pessoas de todos os géneros e orientações sexuais de modo a contribuir para uma melhor saúde íntima. Falemos da Vaginose Bacteriana, a qual é responsável por 60% das infeções vaginais.
Flora Vaginal
As bactérias que vivem naturalmente na vagina chamam-se Lactobacilos e estabilizam o pH ácido da vagina. No entanto, às vezes e devido a certas condições, o número de lactobacilos é reduzido e outras bactérias atípicas conseguem multiplicar-se e causar vaginose bacteriana. Entre essas bactérias estão: Gardnerella vaginalis, Mycoplasma hominis, Ureaplasma spp. Mobiluncus spp, Bacteroides spp, Prevotella spp que, normalmente, vivem na vagina em pequena quantidade.
Fatores de risco
Quais os fatores que podem alterar o pH da vagina e contribuir para a multiplicação destas bactérias?
-Antibióticos -Duche vaginal -Sabão não adequado para a lavagem vaginal -Mudança frequente de parceiros sexuais -Dispositivos contracetivos intrauterinos (DIU) -Prática de sexo desprotegido -Fumar
Quão frequente é?
Atinge 25,7% das mulheres bissexuais e homossexuais e 14,4% das mulheres heterossexuais.
Por que é mais comum em mulheres bissexuais e homossexuais?
Ainda não há uma resposta para esta pergunta. Todavia, existem explicações possíveis para esta prevalência de vaginose em mulheres bissexuais e homossexuais, como maus hábitos de higiene íntima ou práticas sexuais sem proteção. Alguns agentes usados na limpeza genital e nos duches vaginais podem afetar a flora vaginal, através da alteração do pH ou dos lactobacilos normais, aumentando assim a probabilidade de desenvolver vaginose bacteriana. Além disso, há teorias que defendem que o sexo oral também pode interferir na flora vaginal, uma vez que a saliva tem um pH menos ácido do que o da vagina, alterando-o. A troca de secreções vaginais entre parceiras também pode ser uma resposta possível para a questão enunciada.
Sintomas
Cerca de 50% dos casos de Vaginose Bacteriana são assintomáticos. Contudo, o sintoma mais comum é o odor fétido ou incomum no corrimento vaginal.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito através de culturas vaginais.
Tratamento
O tratamento antibiótico mais habitual inclui Metronidazol e Clindamicina, os quais devem ser prescritos por um ginecologista. Há ainda a possibilidade de combinar antibióticos clássicos com probióticos e prebióticos, os quais ajudam a estabilizar o pH ácido da vagina. Os probióticos e prebióticos existem sob a forma de comprimidos ou, naturalmente, em alimentos como iogurte, kefir, kombucha, picles, miso e kimchi.
Fica atentx aos nossos próximos artigos e… cuida da tua saúde íntima!
Falemos da Vaginose Bacteriana, a qual é responsável por 60% das infeções vaginais.
Este artigo faz parte da série “Pergunte ao seu ginecologista” com a Dra. Amalia Savvidi, uma guru de ginecologia e queer residente da omgyno. Se tiveres alguma dúvida, entra em contacto. Lemos as tuas perguntas e respondemos.
Introdução
Começando por responder à questão que dá título a este artigo, podemos afirmar que as mulheres bissexuais ou homossexuais correm o mesmo risco de contrair uma infeção sexualmente transmissível do que as mulheres heterossexuais. Nem todas as pessoas têm esta consciência, já que a maioria das informações online é direcionada para as mulheres heterossexuais. Contudo, na omgyno, acreditamos que é importante informar as pessoas importante informar as pessoas de todos os géneros e orientações sexuais de modo a contribuir para uma melhor saúde íntima. Falemos da Vaginose Bacteriana, a qual é responsável por 60% das infeções vaginais.
Flora Vaginal
As bactérias que vivem naturalmente na vagina chamam-se Lactobacilos e estabilizam o pH ácido da vagina. No entanto, às vezes e devido a certas condições, o número de lactobacilos é reduzido e outras bactérias atípicas conseguem multiplicar-se e causar vaginose bacteriana. Entre essas bactérias estão: Gardnerella vaginalis, Mycoplasma hominis, Ureaplasma spp. Mobiluncus spp, Bacteroides spp, Prevotella spp que, normalmente, vivem na vagina em pequena quantidade.
Fatores de risco
Quais os fatores que podem alterar o pH da vagina e contribuir para a multiplicação destas bactérias?
-Antibióticos
-Duche vaginal
-Sabão não adequado para a lavagem vaginal
-Mudança frequente de parceiros sexuais
-Dispositivos contracetivos intrauterinos (DIU)
-Prática de sexo desprotegido
-Fumar
Quão frequente é?
Atinge 25,7% das mulheres bissexuais e homossexuais e 14,4% das mulheres heterossexuais.
Por que é mais comum em mulheres bissexuais e homossexuais?
Ainda não há uma resposta para esta pergunta. Todavia, existem explicações possíveis para esta prevalência de vaginose em mulheres bissexuais e homossexuais, como maus hábitos de higiene íntima ou práticas sexuais sem proteção. Alguns agentes usados na limpeza genital e nos duches vaginais podem afetar a flora vaginal, através da alteração do pH ou dos lactobacilos normais, aumentando assim a probabilidade de desenvolver vaginose bacteriana. Além disso, há teorias que defendem que o sexo oral também pode interferir na flora vaginal, uma vez que a saliva tem um pH menos ácido do que o da vagina, alterando-o. A troca de secreções vaginais entre parceiras também pode ser uma resposta possível para a questão enunciada.
Sintomas
Cerca de 50% dos casos de Vaginose Bacteriana são assintomáticos. Contudo, o sintoma mais comum é o odor fétido ou incomum no corrimento vaginal.
Diagnóstico
O diagnóstico é feito através de culturas vaginais.
Tratamento
O tratamento antibiótico mais habitual inclui Metronidazol e Clindamicina, os quais devem ser prescritos por um ginecologista. Há ainda a possibilidade de combinar antibióticos clássicos com probióticos e prebióticos, os quais ajudam a estabilizar o pH ácido da vagina. Os probióticos e prebióticos existem sob a forma de comprimidos ou, naturalmente, em alimentos como iogurte, kefir, kombucha, picles, miso e kimchi.
Fica atentx aos nossos próximos artigos e… cuida da tua saúde íntima!
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